Fonoaudilogia - Fonoaudiólogo

O fonoaudiólogo é um profissional de Saúde, com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua de forma autônoma e independente nos setores público e privado. É responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição. Exerce também atividades de ensino, pesquisa e administrativas.

Fonoaudiólogo - Fonoaudiologa

Há vários motivos para proucurar um Fonoaudiólogo, alguns deles são Rouquidão, problemas de fala, audição e até estética facial melhoram com tratamento.

Especialidades do Fonoaudiólogo


  • - Dificuldades de respirar pela boca

  • - Distúrbios de leitura e escrita

  • - Doenças comuns da velhice

  • - Dificuldade em deglutir

  • - Rouquidão constante

  • - Problemas de fala

  • - Estética facial

  • - Amamentação

  • - Audição - Aparelho Auditivo

1. Dificuldades de respirar pela boca

Os malefícios de respirar pela boca são diversos. "Esse costume provoca deformações na arcada dentária e no céu da boca (palato), além de mudanças na disposição da língua. Tudo isso leva a mastigação inadequada, diminuição do paladar, dificuldade na articulação das palavras, entre outros problemas", afirma Eliana De Martino. Esse mau hábito prejudica até a oxigenação do cérebro, já que o respirador bucal faz a expiração maior do que a inspiração. 

"Nesses casos, o fonoaudiólogo trabalha a coordenação-fono-respiratória, para que ocorra equilíbrio entre respiração oral e nasal, e ensina exercícios de articulação dos lábios, língua e bochechas, para o fortalecimento do tônus muscular", afirma Eliana.

2. Problemas de fala

Gagueira, língua presa e trocas de fonemas são alguns dos problemas de fala que os fonoaudiólogos ajudam a tratar. "O mais comum é o Transtorno Fonológico, que é quando a pessoa tem dificuldades na percepção, organização ou produção dos sons", conta Eliana De Martino. 

A fonoaudióloga Solange faz um importante alerta aos pais: crianças podem apresentar problemas de fala por usarem a chupeta e a mamadeira por muito tempo. "Essa criança geralmente não mastiga direito, respira pela boca, sofre alterações na arcada dentária e não desenvolve a musculatura da face de modo eficiente para a fala, o que pode provocar problemas na hora de articular as palavras", explica.

3. Estética facial

As tão indesejadas marcas de expressão do rosto também podem ser alvo do trabalho de fonoaudiólogos. "Ao fazer exercícios para modificar o uso da musculatura facial, é possível deixar o rosto mais jovem", afirma a fonoaudióloga Gisele Valdstein, especialista do Minha Vida. Além de combater as linhas de expressão, esses exercícios ajudam a melhorar a aparência flácida, o olhar caído e os lábios frouxos.

4. Doenças comuns da velhice

"Alzheimer, Acidente Vascular Encefálico (conhecido como AVC ou derrame), Parkinson e muitos outros problemas característicos da idade avançada podem provocar dificuldades de fala, mastigação e deglutição", diz Solange Gonçalves. O fonoaudiólogo acompanha esses pacientes para ajudar a reverter ou amenizar esses problemas, melhorando a qualidade de vida.

5. Distúrbios de leitura e escrita

Há casos em que a criança é muito inteligente, mas não tira notas boas na escola por ter dificuldade de ler e escrever. Isso pode ser sinal de dislexia ou outros distúrbios. "Nesses casos, a escrita costuma apresentar muitas falhas e trocas de letras, como p por b e t por d", explica Rosane Goldenberg. Por meio de exercícios psicomotores e auditivos, o fonoaudiólogo ajuda o paciente a lidar com essas dificuldades. "Além disso, ajudamos a orientar a família e os professores, já que esses distúrbios podem afetar a autoestima da criança e dificultar a convivência com os colegas", conta a profissional.

6. Rouquidão constante

Ficar rouco com frequência é um bom motivo para procurar um fonoaudiólogo. "A rouquidão constante pode ser indício até de câncer, mas, na maioria das vezes, é consequência de uso inadequado da voz por esforço exagerado ao falar", explica a fonoaudióloga Rosane Goldenberg, do Rio de Janeiro. O tratamento é feito com exercícios e orientações de higiene vocal, que envolvem desde o fim do tabagismo até cuidados com a alimentação. 

Para pessoas que usam a voz como instrumento de trabalho, como jornalistas, atores, cantores e atendentes de telemarketing, o fonoaudiólogo é ainda mais requisitado. "Nós melhoramos a capacidade dessas pessoas de impostar a voz, por meio de respiração, ressonância, altura e intensidade, ritmo e inflexão", explica Rosane.

7. Dificuldade em deglutir

Os cuidados com alimentação não se resumem apenas ao aleitamento materno. O fonoaudiólogo também ajuda pessoas que sofrem com disfagia (dificuldade de deglutir), que pode ser sequela de acidente vascular encefálico (derrame ou AVC), câncer de cabeça e pescoço, traqueostomia, entre outros. "Esses pacientes precisam de apoio profissional para conseguir se alimentar de forma segura e prazerosa novamente, sem grandes dificuldades", conta Eliana de Martino. 

Por meio de exercícios respiratórios e articulatórios (lábios, mandíbula, língua, véu do palato e bochechas), o fonoaudiólogo consegue recuperar a tonicidade e elasticidade da musculatura, facilitando a passagem de alimento.

8. Audição

O trabalho do fonoaudiólogo nessa área começa bem cedo, com o teste da orelhinha - um exame rápido, feito com um aparelho capaz de detectar problemas auditivos em recém-nascidos. "Quando o tratamento para surdez tem início nos primeiros meses de vida, há uma grande possibilidade de essa criança desenvolver a fala de modo mais eficiente", conta a fonoaudióloga Solange Gonçalves. 

Ela afirma que o trabalho relacionado à surdez também não precisa se resumir apenas à linguagem de sinais (LIBRAS), mas pode envolver desde o uso de aparelho auditivo e o desenvolvimento de leitura labial até a integração desse paciente na sociedade. "Uma pessoa com perda auditiva pode entender mais facilmente o que a outra fala ao conseguir ler os movimentos dos lábios, facilitando a comunicação", explica.

9. Amamentação

Quem já não ouviu mães reclamando que não têm leite ou que o bebê parece rejeitar o peito? O fonoaudiólogo atua nessa área, estimulando a sucção e deglutição do bebê e evita o desmame precoce. "Isso é feito por meio de orientações e acompanhamento da mãe, além de treinamento de equipes de saúde em hospitais, para incentivar o aleitamento materno", explica a fonoaudióloga Eliana de Martino, diretora do curso de Fonoaudiologia da Universidade Guarulhos.

Fonte: http://www.minhavida.com.br/

--------------------------------------------------------------------------------------------

Onde o fonoaudiólogo atua?

O fonoaudiólogo é atuante em - unidades básicas de saúde, - ambulatórios de especialidades, - hospitais e maternidades, - consultórios, - clínicas, - home care, domicílios, - asilos e casas de saúde, - creches e berçários,
- escolas regulares e especiais, - instituições de ensino superior, - empresas,
- veículos de comunicação (rádio, TV e teatro) e - associações.

Quais as especialidades da Fonoaudiologia?

  • Onze especialidades são hoje reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia:

    Audiologia. Por meio da audição é que se adquire, normalmente, a comunicação oral. Doenças na gestação, infecções de ouvido, uso indiscriminado de medicamentos, exposição a ruídos intensos e outros podem causar alterações auditivas, comprometendo a comunicação e a qualidade de vida do indivíduo.

    Linguagem. É a especialidade que trabalha com os aspectos que envolvem a comunicação oral e escrita. O seu desenvolvimento dá-se desde a infância até a idade adulta. Pessoas com problemas de comunicação (expressão e compreensão) podem ter dificuldades na sua integração social e profissional.

    Motricidade.  Nesta especialidade, o fonoaudiólogo habilita/reabilita funções relacionadas a respiração, sucção, mastigação, deglutição, expressão facial e articulação da fala, propiciando melhores condições de vida e de comunicação.

    Saúde Coletiva. É um campo da Fonoaudiologia voltado a construir estratégias de planejamento e gestão em saúde, no campo fonoaudiológico, com vistas a intervir nas políticas públicas, bem como atuar na atenção à saúde, nas esferas de promoção, prevenção, educação e intervenção, a partir do diagnóstico de grupos populacionais.

    Voz. Representa a identidade do indivíduo, pois expressa seus sentimentos. É produzida pelas pregas vocais e quando estas não funcionam adequadamente, a voz é alterada, podendo ficar rouca, abafada, soprosa, comprometendo o trabalho e a vida pessoal. O fonoaudiólogo previne, avalia e trata os problemas da voz falada (disfonias), cantada (disonias) e ainda aperfeiçoa os padrões vocais.

    Disfagia. É uma alteração da deglutição, ou seja, do ato de engolir alimentos ou saliva. Não se trata de uma  doença,  mas  sim  de  um sintoma que indica prejuízo no ato de engolir ocasionado por diversos fatores, dentre eles: trauma em região da cabeça e pescoço, acidente vascular cerebral, demências, doenças neuromusculares, intubação orotraqueal prolongada e câncer de cabeça e pescoço. O tratamento das alterações da deglutição deve envolver uma equipe  multidisciplinar,  composta no mínimo por médicos, enfermeiros, nutricionistas e fonoaudiólogos. Na equipe, o fonoaudiólogo é o profissional apto para lidar com os distúrbios da deglutição e da comunicação, sendo o responsável pelo diagnóstico e intervenção da disfagia.

    Fonoaudiologia Educacional. O domínio do especialista em Fonoaudiologia Educacional inclui aprofundamento em estudos específicos e atuação em situações que contribuam para a promoção, aprimoramento e prevenção de alterações dos aspectos relacionados à audição, linguagem (oral e escrita), motricidade oral e voz e que favoreçam e otimizem o processo de ensino e aprendizagem.

    Gerontologia. Dentre as funções do Fonoaudiólogo Especialista em Gerontologia estão as de realizar promoção da saúde do idoso, prevenção, avaliação, diagnóstico, habilitação/reabilitação dos distúrbios relacionados à audição, ao equilíbrio, à fala, à linguagem, à deglutição, à motricidade orofacial e à voz nessa população.

    Fonoaudiologia Neurofuncional. O Fonoaudiólogo Especialista em Fonoaudiologia Neurofuncional realiza avaliação, diagnóstico, prognóstico, habilitação e reabilitação fonoaudiológicos de pessoas em diferentes ciclos de vida com alterações neurofuncionais, atuando nas sequelas resultantes de danos ao sistema nervoso central ou periférico.

    Fonoaudiologia do Trabalho. Na especialidade em Fonoaudiologia do Trabalho, o fonoaudiólogo deverá promover mudanças consecutivas na forma de organização do trabalho levando em consideração a saúde e aperfeiçoamento da comunicação humana, o desenvolvimento de programas de prevenção ocupacional, a implantação de programas de qualidade de vida do trabalho, bem como detecção e diagnóstico dos riscos fisiológicos em situações reais. A principal meta é possibilitar a permanência no trabalho sem restrição excessiva da atividade profissional, com conforto e sem riscos levando em consideração a saúde e aperfeiçoamento da comunicação humana, o desenvolvimento de programas de prevenção ocupacional, a implantação de programas de qualidade de vida do trabalho, bem como detecção e diagnóstico dos riscos fisiológicos em situações reais. A principal meta é possibilitar a permanência no trabalho sem restrição excessiva da atividade profissional, com conforto e sem riscos.

    Neuropsicologia. O Fonoaudiólogo Especialista em Neuropsicologia está apto a prevenir, avaliar, tratar e gerenciar os distúrbios que afetam a comunicação humana e sua interface com a cognição, relacionando-a com o funcionamento cerebral.

    Qual é a origem da profissão?

    A Fonoaudiologia é uma ciência estudada de forma sistemática nas universidades em mais de uma centena de países do mundo e existe formalmente há mais de um século. A primeira referência formal é de 1900, quando a Hungria reconheceu a profissão e criou a primeira faculdade de Fonoaudiologia no mundo.

    No Brasil, sua história é ainda mais antiga, se considerada a sua associação com a da Educação  Especial. A primeira marca identificatória da profissão é da época do Império, com a criação, em 1854, do Imperial Colégio, voltado para meninos cegos (hoje, Instituto Benjamim Constant), seguido, no ano seguinte, com a criação do Colégio Nacional, destinado ao ensino dos deficientes auditivos. Em 1912, documentos comprovavam que  a Fonoaudiologia já se diferenciava da educação especial, com o início de pesquisas específicas, relacionadas aos distúrbios da voz e da fala, e  com a implantação de cursos de orientação a professores.

    Quando foi regulamentada no Brasil?

    Desde a década de 30 já se detectava a idealização da profissão de Fonoaudiólogo, oriunda da preocupação com a profilaxia e a correção de erros de linguagem apresentados pelos escolares.

    Três décadas se passaram até que se desse início ao ensino da Fonoaudiologia no país. Isto ocorreu na década de 60, com a criação dos cursos da Universidade de São Paulo (1961), vinculado à Clínica de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1962), ligado ao Instituto de Psicologia. Ambos ainda estavam voltados à graduação de tecnólogos em Fonoaudiologia.

    Nos anos 70, tiveram início os movimentos pelo reconhecimento dos cursos e da profissão. Foram criados, então, os cursos em nível de bacharelado. O da Universidade de São Paulo foi o primeiro a ter seu funcionamento autorizado, em 1977. Hoje são 31 os cursos reconhecidos no país.

    Sancionada em 9 de dezembro de 1981, pelo então presidente João Figueiredo, a Lei n° 6965, que regulamentou a profissão de Fonoaudiólogo, veio ao encontro dos sonhos de uma categoria profissional, que ansiava ser reconhecida. Além de determinar a competência do Fonoaudiólogo, com a lei foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia (hoje os Regionais são em número de sete; o da 2ª. Região possui jurisdição sobre o Estado de S.Paulo), tendo como principais finalidades a fiscalização e orientação do exercício profissional. As atividades dos Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia tiveram início efetivo em 1983.

    Em 15 de setembro de 1984 foi aprovado o primeiro Código de Ética da profissão, que elencava os direitos, deveres e responsabilidades do Fonoaudiólogo, inerentes às diversas relações estabelecidas em função de sua atividade profissional. Este texto foi revisado em 1995, em decorrência do crescimento da profissão, da ampliação do mercado de trabalho do fonoaudiólogo e da maior conscientização da categoria.

    Fonte: http://www.fonosp.org.br

 

 

Fonoaudiologia